sexta-feira, 30 de outubro de 2009

RECUPERAÇAO EMPACOTADA

Depois dos "surpreendentes" dados preliminares do PIB Americano do 3º trimestre ontem, saíram hoje os dados relativos aos rendimentos e gastos relativamente ao mês de Setembro.

Mas vamos 1º analisar os dados de ontem, relativos ao PIB (cortesia do Briefing):
  • O programa "Cash for Clunkers" contribuiu com 1.01 pontos percentuais do total de 2.36 pontos percentuais que o consumo pessoal adicionou ao PIB;
  • O programa fiscal "First-time homebuyers" beneficiou não só as empresas de construção - que viram finalmente o fim da queda na construção de novas casas - mas também as imobiliárias através de aumentos nos seus rendimentos/comissões. Só esses aumentos nos rendimentos/comissões foram responsáveis por 1/3 do aumento da componente de investimento residencial.
Ou seja, os créditos para este PIB do 3º trimestre vão maioritariamente paro o governo de Barack Obama e os seus pacotes de estímulo, financiados por mais dívida.

No entanto, tal como o álcool nunca foi solução para o alcoolismo, mais dívida nunca será solução para um país grosseiramente endividado. Por isso, o governo terá eventualmente percebido isso e está agora a descontinuar os programas de estímulo, o que deverá arrefecer bastante este PIB altamente governamentalizado. Alias, os dados hoje conhecidos sobre o rendimento (+0%) e o consumo (-0.5%) relativamente ao mês de Setembro confirmam esse mais do que provável arrefecimento...

Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

DUPLO TOPO NO UBS

Da última vez que falei no UBS (ver "MAIS BAILOUTS") foi a propósito do "bailout" do Wachovia e do Fortis. Nessa altura publiquei uma lista actualizada dos bancos que teriam maiores dificuldades em ultrapassar esta crise sem ajuda governamental. Pois bem, aproveito para actualizar novamente esta lista e fazer um resumo dos desenvolvimentos, até à data, em cada instituição:


- UBS (LTDE=833) -> Bailout (estado Suiço entra no capital)
- ING (LTDE=817) -> Bailout (estados Holandês entra no capital)
- Merrill Lynch (LTDE=793) -> Bailout (comprada pelo Bank Of America)
- Morgan Stanley (LTDE=611) -> Retorno à banca comercial
- Lehman Brothers (LTDE=488) -> Falido (o Bear Sterns também constava da minha lista original)
- Goldman Sachs (LTDE=464) -> Retorno à banca comercial
- Credit Suisse AG (LTDE=435) -> Para já tem conseguido sobreviver bem à crise

- Deutsche Bank (LTDE=393) -> Para já tem conseguido sobreviver bem à crise
- Fortis NV (LTDE=52) -> Bailout Bailout (estados Françês, Holandês e Belga entram no capital)
- Citigroup Inc (LTDE=269) -> Bailout (estado Americano entra no capital)
- Wachovia Corp (LTDE=245) -> Bailout (comprado pelo Wells Fargo)
- AIG Inc (LTDE=213) -> Bailout
(estado Americano entra em mais de 90% do capital)
- Allianz SE (LTDE=62)  -> Para já tem conseguido sobreviver bem à crise
- American Express (LTDE=1) -> Para já tem conseguido sobreviver bem à crise

Vamos agora ao UBS. Reparei ontem que estamos provavelmente perante um duplo topo entre os 19.18 e 16.9 USD (estou a analizar o ADR cotado na NYSE). Se o padrão for activado com uma quebra em baixa dos 16.9 USD, o objectivo serão os 14.62USD. Eis o gráfico (cortesia do StockCharts):



Cumprimentos,

Dax Speculator

terça-feira, 27 de outubro de 2009

BIBA O B!

Viva o vrrooom, é assim que um "especialista" que escreve para a Forbes descreve o actual momento. E justifica-se com o seguinte:

"big bear markets are almost always followed by big bull markets in a V-shape pattern. The steeper the descent, the steeper the ascent."

Ou em Português:

"grandes ciclos de queda nos mercados são quase sempre são seguidos por grandes ciclos de subidas em  forma de V. Quanto mais íngreme for a descida, mais íngreme será a subida."

Mas sr. Fisher, e se estamos numa daquelas alturas em que o "quase sempre" não funciona? Por acaso estudou algum dos anteriores bear markets ou, pelo menos, o último (1968-1974)?? Ou também sofre de conflitite de interessite???

Partindo do princípio que se sabe alguma coisa de bear markets, eis 1 facto inabalável apenas sobre o último bear market, que durou de 1966 a 1974: na 2ª fase desse período, o S&P 500 foi dos 120 aos 62 em apenas 2 anos mas demorou 6 anos a voltar aos 120, o que viria a acontecer apenas em 1980. Ou seja, o V não foi assim tão certinho. E, já agora, vou lhe dar uma dica: estude os outros...

Mas há mais. A melhor parte vem aí! É que o "especialista" continua com o seguinte:

"Most investors give too much credence to the theory that prices are rational; they presume that a market collapse must have been justified by serious economic trouble."

Ou em Português:

"A maioria dos investidores dão demasiado crédito à teoria dos mercados racionais; eles presumem que um colapso do mercado deve ter sido justificado por problemas económicos graves."

Não que eu defenda a teoria dos mercados racionais mas, ao ler esta pérola presume-se que, na opinião do homem, os mercados foram totalmente irracionais, as quedas foram largamente injustificadas pois a economia está mesmo em grande forma...

Votos de uma excelente semana,

Dax Speculator

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

S&P 500 ABAIXO DOS 700?

Da última vez que fiz uma previsão sobre a evolução do S&P 500, em Novembro 2008, considerei como próximo objectivo do S&P 500 os 1100 (ver  "S&P 500 NOS 1100?").Pois o índice bolsista mais representativo da economia Americana fez esta semana (para já) um máximo de 1095...

Só que a partir daqui, desculpem-me os jornalistas, analistas e afins, sou da opinião que falta mais qualquer coisa para completar esta WC e este bear market: a W5 (impulsiva) cujo objectivo se situará provavelmente abaixo dos 700 (gráfico da cortesia do BigCharts):





Esta W5 será provavelmente menos violenta do que a W3 (Março de 2008 a Março de 2009) mas ainda chegará para que muita gente fique com os cabelos em pé...

Para finalizar, uma "notícia" de última hora: o PIB do Reino Unido caiu "inesperadamente" no 3ª trimestre. E é que foi mesmo uma coisa inesperada, principalmente para quem não leu este post...

Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

MELHORIAS PEQUENAS E DISPERSAS

Ontem, às 19h00, foi divulgado o Beige Book pela FOMC (Federal Open Market Committee) e, ao que parece, o mercado não gostou nada.

Tendo lido os primeiros parágrafos, a parte que o mercado não terá gostado deverá ser esta:

"Reports of gains in economic activity generally outnumber declines, but virtually every reference to improvement was qualified as either small or scattered."

Ou seja:

Os relatórios de ganhos na actividade económica superam, no geral, os de declíneo mas praticamente todas as referências de melhorias foi qualificada como sendo pequena ou dispersa.

Não sei bem do que o mercado estava à espera mas há muito que venho dizendo que a recuperação é apenas estatística e não real e, por isso, esse Beige Book não me surpreendeu de todo...

Boas vendas ;-)

Dax Speculator

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mexer nos impostos?

Francisco Van Zeller disse na passada 3ª feira que só será possível reduzir défice com mexida nos impostos e claro que, lendo nas entrelinhas, ele quererá dizer mais impostos para a classe média que trabalha por conta de outrém e não para as "suas" empresas.

Se a ideia for acabar de vez com as hipóteses de recuperação económica então estou totalmente de acordo, força nisso! Caso contrário isso não faz sentido nenhum pois, no actual quadro macro-económico caro Van Zeller, aumentar impostos (IRS ou IVA) à classe média significaria menos consumo privado, logo e considerando que as outras variáveis (investimento público + investimento privado + exportações - importações) se mantêm, menos PIB. Ora menos consumo também significa menos IVA, ou seja, não será por aqui que se conseguirá reduzir o défice de conta corrente.

Para reduzir o défice caro Van Zeller, é preciso reduzir a despesa. Se a receita foi, até Setembro de 26.046 milhões de euros, a despesa até Julho não pode ser de 35.133 milhões de euros! Estamos consistentemente a gastar mais do que ganhamos e, quanto mais tarde corrigirmos isso mais difícil será fazê-lo!

Quanto aos salários, estou de acordo e considero que em 2010 não deve haver aumentos salariais pois a inflação será certamente nula ou até negativa.

Cumprimentos,

Dax Speculator

terça-feira, 20 de outubro de 2009

JERONIMO MARTINS DA SINAL DE VENDA

Na passada 2ª feira a Jerónimo Martins deu um importante sinal de venda pois quebrou em baixa o canal ascendente que vinha suportando a sua cotação desde meados de Julho.

O objectivo mínimo desta quebra em baixa do canal ascendente são os 5.25€ e há que realçar o facto da quebra em baixa ter sido feita com um volume superior à média dos últimos 50 sessões.

Eis o gráfico da distribuidora nacional dona das marcas Pingo Doce, Feira Nova e Recheio em Portugal e Biedronka e Bliska Apteka Na Zdrowie na Polónia:



Cumprimentos,

Dax Speculator

domingo, 18 de outubro de 2009

HIPOTECAS CONTINUAM A AUMENTAR

Elizabeth Warren do Painel de Fiscalização do Congresso Americano diz que as notícias positivas na habitação são apenas uma parte da história. Ou seja, apesar do programa "Making Home Affordable" do governo Americano, as execuções de hipotecas continuam a aumentar. Ver o vídeo:



Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Porque ainda não batemos no fundo?

Esta crise veio por um ponto final na sociedade de consumo (desenfreado) baseada no crédito fácil. Isso acabou! A desalavancagem financeira está aí e nenhum governo conseguirá travar-la: aqueles que tentarem fazer-lo serão pura e simplesmente esmagados. Aquilo que a FED e o Tesouro Americano fizeram foi tentar obter algum equilíbrio entre a oferta e a procura e, assim, evitar o colapso dos mercados de dívida imobiliária e uma gravíssima depressão. Para atingir esse objectivo compraram, até à data, sensivelmente 1 trilião de dólares em MBS (Mortgage Backed Securities)...

Resumidamente, aquilo que fizeram foi necessário para evitar uma 2ª Grande Depressão mas representou apenas mais uma fuga para a frente. O problema é que não se pode fugir indefinidamente para a frente porque, a dado momento, ou aparece uma parede blindada ou se forma um bola de neve tão grande que perdemos totalmente o controlo da situação. Por isso, é imperativo parar e inverter o sentido da marcha. E estamos muito próximos desse ponto...

E o que representa essa parede e essa bola de neve de que falo? A parede são os credores dos EUA e a bola de neve é o défice de conta corrente Americano que se cifra actualmente em 1,58 triliões de dólares para um orçamento de 3.65 triliões de dólares e um PIB de 14.3 triliões de dólares. Em termos percentuais, esse défice representa 43% do orçamento e 11% do PIB. Actualmente, para conseguirem fugir para a frente, os EUA estão a aumentar a sua actual dívida de 11.1 triliões em 8% do PIB ao ano, ou seja, todos os anos. Isso representará uma dívida de 12 triliões em 2010, 13 triliões em 2011, 14 triliões em 2012, 15.1 triliões em 2013, 16.3 triliões em 2014 e 17.6 triliões em 2015. Mas o PIB não crescerá a esse ritmo e não será certamente maior do que 15.8 triliões em 2015 (assumindo um crescimento de 2%/ano que poderá não se concretizar). Ou seja, a continuar assim, os EUA passarão de uma actual dívida de 77.6% do PIB para uma dívida de 114% do PIB em 2015 e muito provavelmente a um ponto de não retorno (pensem no Japão)...

Foi em parte - as sucessivas guerras também contribuíram para este défice - por causa dessa fuga para a frente que as finanças Americanas chegaram a este ponto. O problema é que, quanto mais tarde se tentar inverter este rumo, mais difícil será fazê-lo. Para piorar a situação, a FED iniciou no ano passado uma série de medidas que terão, a longo prazo, consequências inflacionistas. No médio prazo isso não acontecerá porque existem forças deflacionistas (desalavancagem, recessão, credit crunch,...) que equilibram as coisas. Ora, essa inflação reflectir-se-á num aumento das taxas de juro e, consequentemente, num aumento do défice de conta corrente. A fuga para a frente é por isso uma bola de neve que, se não forem tomadas medidas com carácter de urgência, será impossível deter.

Cumprimentos,

Dax Speculator

terça-feira, 13 de outubro de 2009

COMO CONTROLAR O MONSTRO

Ernâni Lopes disse ontem num relatório da sua autoria (e de Poças Esteves) que a única forma de consolidar as contas públicas é reduzindo a despesa. Até aqui estou totalmente de acordo pois a economia não aguentaria mais subidas de impostos.

Contudo, o relatório acrescenta que a redução da despesa terá de ser atingido através da redução do número de funcionários públicos. Aqui já não estou inteiramente de acordo visto que, tal como já tive oportunidade de referir aqui no blog em "COMO INVERTER O RUMO DA ECONOMIA", o estado continua a gastar muito dinheiro mal gasto em muitas outras coisas. Deixo aqui as minhas sugestões para o estado conseguir reduzir de uma vez por todas a sua monstruosa despesa:

  1. Simplificar e estabilizar o mutante modelo fiscal Português para libertar os funcionários públicos de tarefas pouco produtivas e canalizá-los para acções de fiscalização. Esta medida contribuiria certamente para um aumento da receita visto que, com um sistema fiscal mais simples e estável, a fuga ao fisco tornar-se-ia mais difícil e menos apetecível;
  2. Controlar financeiramente e efectivamente as empresas públicas que dão continuados prejuízos ao estado, tais como a EP, CP, Refer, RTP, TAP...;
  3. Fiscalizar a atribuição do Rendimento Mínimo e de outros subsídios para que apenas os que realmente necessitem usufruam destes visto que, claramente, não é isso que está a acontecer;
  4. Finalmente, reduzir o número de funcionários públicos.

De resto estou totalmente de acordo com o relatório no que diz respeito a uma recuperação hesitante e lenta...

Cumprimentos,

Dax Speculator

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ESTAMOS A EMPRESTAR, DIZEM ELES...

Hoje de manhã estava a ver o gráfico do Nasdaq quando uma notícia me chamou atenção: Capitol Report: Banks cutting back on loans to businesses. E o que diz esta notícia? Diz que os bancos Americanos estão a cortar nos novos empréstimos às empresas, obrigando aquelas que podem (as grandes) a irem buscar o capital de que necessitem a outras fontes (retenção dos ganhos, emissão de obrigações, emissão de acções,...) e dificultando a vida aquelas que não têm outra fonte de capital que não o crédito.

No fundo, esta notícia vem confirmar aquilo que disse no ponto 1 em "DESEMPREGO DESMENTE RECUPERAÇAO":

"não haverá uma verdadeira recuperação económica enquanto que não se verificarem vários pré-requisitos. E esses pré-requisitos são:

1- Os bancos limparem os seus balanços e reconheçam de facto as suas previsíveis perdas para poderem de novo confiarem uns nos outros e, assim, emprestar dinheiro sobretudo às empresas mas também aos particulares
..." 

Eis os gráficos da evolução de todo o crédito concedido por bancos Americanos desde 2001 (1º gráfico) e desde 1973 (2º gráfico):









Como se pode ver no 2º gráfico houve, a partir de 2002, uma maior aceleração no crédito concedido a empresas e particulares nos EUA e, certamente, também na maioria dos países desenvolvidos. O que estamos a assistir actualmente na concessão de crédito é à uma correcção para a média, correcção essa que deverá levar o crédito total concedido para baixo desta (a média) antes de retomarmos um crescimento normal e sustentado do crédito global...

Votos de uma excelente semana,

Dax Speculator

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

JOSEPH STIGLITZ JUNTA-SE AO CLUBE

O economista Joseph Stiglitz, vencedor de um Prémio Nobel, disse 2ª feira numa entrevista à Bloomberg que o desemprego nos EUA deverá continuar a aumentar e que este deveria ser a principal preocupação dos responsáveis pelas políticas monetárias e que os investidores - eu diria antes jogadores -  têm sido irracionalmente exuberantes acerca de uma suposta recuperação económica.

Temos assim um painel completo de investidores, especuladores e economistas que entendem que o pior poderá já ter passado mas que a verdadeira recuperação económica ainda não começou. Pertencem a esse distinto clube, entre outros:


Bons negócios,

Dax Speculator

terça-feira, 6 de outubro de 2009

RECUPERACAO NAO INDUSTRIAL NO REINO UNIDO

Ficamos hoje a saber que a Produção Industrial de Agosto do Reino Unido afundou para o seu mais baixo nível desde 1992, descendo 1.9% relativamente ao mês anterior. Eis o gráfico da evolução da Produção Industrial no Reino Unido desde 2005 (cortesia da Bloomberg):





Os economistas ficaram chocados pois esperavam um aumento de 0.3%. Eu não fiquei chocado e espero que este índice continue a bater mínimos sucessivos durante o próximo ano pois, como disse na passada 6ª feira, enquanto que os bancos não limparem de facto os seus balanços e não reconhecerem de facto as suas previsíveis perdas; os governos intervirem continuadamente na economia (não deixando o mercado funcionar correctamente) e os consumidores não equilibrarem os seus balanços, não teremos nenhuma recuperação consistente.

Relativamente aos governos, uma coisa é uma inevitável medida temporária para evitar o colapso e o pânico, outra coisa é essa medida temporária ser estendida indefinidamente como parece ser o caso...

Felizmente do lado dos consumidores parece começar a haver algum juízo pois as taxas de poupança parecem já terem iniciado um novo ciclo (desta vez de subida), como se pode ver neste gráfico relativo ao consumidor Americano:





Votos de uma excelente semana,

Dax Speculator

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Desemprego desmente recuperação

Hoje saíram os dados relativos aos "Nonfarm Payrolls", ou seja, os salários dos trabalhadores não agrícolas por conta de outrem.

Este é dado muito importante para o mercado accionista pois sem emprego não há consumo, sem consumo não há economia e sem economia as acções ficam, no mínimo, pressionadas.

Pessoalmente, não dou assim tanta importância a este dado pois considero-o um indicador atrasado. De qualquer forma, este mês de Setembro ficamos a saber que a situação do desemprego continua a agravar-se pois perderam-se 263 mil assalariados e a taxa de desemprego só não explodiu já para 10.2% porque houve um decréscimo de 571 mil trabalhadores no activo, deixando a taxa de desemprego nos 9.8%.

Concluindo, os "Nonfarm Payrolls" vêm confirmar aquilo que tenho dito várias vezes nos últimos 2/3 meses: não haverá uma verdadeira recuperação económica enquanto que não se verificarem vários pré-requisitos. E esses pré-requisitos são:
  1. Os bancos limparem os seus balanços e reconheçam de facto as suas previsíveis perdas para poderem de novo confiarem uns nos outros e, assim, emprestar dinheiro sobretudo às empresas mas também aos particulares;
  2. Os governos pararem de intervir na economia e deixarem o mercado funcionar pois estes não estão financeiramente preparados para, sozinhos, tomarem conta da doente economia;
  3. Os consumidores limparem os seus balanços e encararem o facto de que não é possível viver continuamente acima das suas possibilidades.
Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator